As vendas em supermercados registraram alta de 5,18% em fevereiro em comparação com igual mês de 2020, segundo o balanço divulgado nesta quarta-feira, 14/04, pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em janeiro, o crescimento havia sido de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o vice-presidente Administrativo da Abras, Marcio Milan, a desaceleração em relação a janeiro foi influenciada pelo menor número de dias úteis e também pela queda na renda das famílias.
“Esse mês de fevereiro foi mais difícil para todos em função do fim do auxílio emergencial”, disse. O cancelamento do Carnaval foi outro elemento que, de acordo com ele, ajudou a desacelerar o setor.
No entanto, Milan disse que essa variação é esperada no planejamento dos varejistas. Para este ano, a Abras estima um crescimento de 4,5% em comparação com as vendas de 2020.
AUXÍLIO EMERGENCIAL
O retorno do auxílio emergencial na semana passada será um elemento importante para o desempenho do setor, na avaliação de Milan. “Os resultados de março e abril vão permitir analisar melhor esse momento para ver se temos uma tendência”, disse.
Ele destacou que, em 2020, cerca de 60% do valor do benefício foi destinado a despesas com alimentação. A proposta de emenda à Constituição que determinou a nova rodada do auxílio prevê R$ 44 bilhões para o pagamento de quatro parcelas para famílias com pouca renda ou em situação vulnerável, com valores entre R$ 150 e R$ 375.
“Nós estamos falando de um valor considerável que o consumidor vai dedicar aos supermercados”, ressaltou o vice-presidente da Abras, ao comentar a injeção de recursos que o benefício deve trazer ao mercado.
Diário do Comércio