Guedes quer privatizar Correios e Eletrobras (ELET3) para pagar precatórios

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que deseja privatizar os Correios, Eletrobras (ELET3) e o Porto de Santos para pagar os precatórios à pessoas que tenham que receber do governo.

“Queremos vender os Correios. Queremos vender a Eletrobras, o Porto de Santos. Exatamente como fizemos com a Embraer (EMBR3)”, disse o ministro no evento do Bradesco BBI CEO Forum.

De acordo com o líder da pasta econômica, os precatórios que as pessoas tenham a receber do governo serão pagos com as ações das empresas privatizadas.

Na análise do ministro, a dívida dos precatórios “surgiu do nada e explodiu”. Para aqueles que têm grandes precatórios a receber, “é razoável que esperem um ano”.

Privatização dos Correios e Eletrobras deve acontecer só em 2022

O edital de privatização dos Correios deve ser publicado em abril de 2022, com a realização do leilão em seguida, conforme havia dito à impressa o diretor de Concessões e Privatizações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fábio Abrahão.

Segundo o diretor, o objetivo é que o processo de desestatização seja feito logo e de forma rápida.

No cronograma de Abrahão, para que o edital seja publicado em abril de 2022, o modelo de privatização precisa ser aprovado em janeiro do ano que vem pelo conselho interministerial.

Nesse mesmo mês, também seriam abertos os dados econômico-financeiros da estatal para os investidores em potencial. Após a aprovação do conselho, o edital vai para análise do Tribunal de Contas da União (TCU) para então ser publicado em abril.

Já a privatização da Eletrobras deve acontecer somente depois das eleições presidenciais do ano que vem. Isso porque o Tribunal de Contas da União (TCU) entende que a operação deve ser avaliada com atenção, segundo uma fonte informou à Bloomberg.

Para que a Eletrobras seja privatizada é necessária a aprovação do TCU. Contudo, a fonte explicou à agência que a operação pode demorar um pouco mais para acontecer pois o órgão acredita que o governo desvalorizou, em pelo menos R$ 10 bilhões, a receita de outorga projetada.

Por sua vez, a privatização do Porto de Santos, diferente dos Correios e Eletrobras, ainda não tem uma data prevista. Mas, segundo o Ministério da Infraestrutura, a desestatização do maior porto da América Latina deve gerar R$ 16 bilhões em investimentos.

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